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Corpos e memórias de mulheres em trânsito
na literatura

*A venda de livros físicos está disponível somente para endereços no Brasil.*

Apresentação

Este livro é um corpo tecido com infinitos fios de memórias. Memórias de escritoras, narradoras, personagens que se constroem em seus deslocamentos transculturais, no entrelugar de suas experiências em Abya Yala, em busca de suas identidades. É também da diáspora que escreve Maria Lúcia de Oliveira, ou Malu, cidadã do mundo, Brasil/Chile/Canadá/Liechtenstein. Em cada deslocamento, fios de memórias são guardados para o entrelaçamento das reflexões poéticas e políticas que ela faz sobre a produção de escritoras latino-americanas nesta envolvente publicação. É também no entrelugar da intelectual e ativista que nasce a Malu escritora; de sua experiência na Cunhã Coletivo Feminista, em João Pessoa, de suas pesquisas sobre mulheres trabalhadoras rurais do Cariri, sobre as mulheres chicanas, sobre a crítica feminista latino-americana, sobre os estudos culturais e pós-coloniais, na UFPB e na University of Alberta. São múltiplos e bem entrelaçados esses fios que compõem o rico tecido do livro. À/Aos leitora/es, agora, o prazer de descobrir as tramas e urdumes por Malu tecidos em Corpos e memórias de mulheres em trânsito

Luciana Eleonora Calado Deplagne
Professora Titular do Programa de Pós-Graduação de Letras da UFPB 

Biografia

Malu Ausweis

Maria Lúcia Lopes de Oliveira, nasceu em Lagoas de Pedra, Rio Grande do Norte. Filha dos migrantes nordestinos Antônio Lopes de Oliveira (in memoriam) e Maria do Socorro de Oliveira, é a sétima criança de quinze filhos. Aos seis anos de idade, migrou para São Paulo. Aos 26, decidiu fazer o caminho de volta: morar no Nordeste, em busca de suas ancestralidades e vivenciar a liberdade desejada. Morou por cerca de 17 anos em João Pessoa, onde iniciou a militância feminista junto à Cunhã Coletivo Feminista e ao movimento feminista. É graduada em Letras, com mestrado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB e doutorado em Literatura Latino-americana pela mesma universidade. Desde 2015, vive em Liechtenstein, e como imigrante busca atravessar as fronteiras linguísticas e culturais que desafiam sua vida cotidianamente. Segue sua militância política na colaboração com a Cunhã e a Universidade Livre Feminista. A cada dois anos, cruza o Oceano Atlântico para revisitar o Brasil, os familiares e a comunidade de amigas e amigos que lá ficaram. 

Trecho do prefácio

“No doutorado Maria Lúcia, ou Malu, não abriu mão de trabalhar com a produção literária de mulheres, de preferência, latino-americanas, e nem de enfocar centralmente a história e memória das que habitavam, como narradoras ou personagens, os romances que decidiu focalizar – Caramelo (2002), da escritora chicana Sandra Cisneros, e En el Nombre de Salomé (2002), da estadunidense-dominicana Julia Alvarez. Assim como Cisneros e Alvarez, Malu circulou muito entre o “aqui e o acolá” – entre a região Nordeste, Sudeste e, depois de várias idas e vindas entre esses polos, agora assentou-se (por uns tempos?) em outro país. Portanto, o ser de fora, ser estrangeira, precisar de técnicas para manter viva e relembrar sua história e trajetória pessoais são fenômenos que domina muito bem.  

O livro que ora nos apresenta […] tece e costura os romances analisados e as teorias utilizadas (feministas, culturais, pós-coloniais, decoloniais), de forma a não estancar os fluxos dialógicos que os próprios textos oferecem. […] Com esta fluidez e de forma intersecional, o texto de Malu nos aquece, assumindo o papel de rebozo, de xale, ecoando, para além de hábitos culturais, àquelas que vieram antes de nós – as avós, as mulheres rurais, as latino-americanas, de onde, na verdade, toda força cultural brota.” 

Liane Schneider 
Professora Titular do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas CCHLA/UFPB, CNPQ.

*A venda de livros físicos está disponível somente para endereços no Brasil.*
 
 
 

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