
Madame Toscana
Com um cartão magnético abri a porta do quarto. Entrei, um susto! Um quarto de “madame”! Não que ele fosse chique, com requintes de nobreza. O quarto-suíte, por cinco noites, era totalmente meu! Atirei-me sobre a cama, o corpo ficou pequeno sobre ela. Espreguicei-me todinha. Agora tinha um quarto todo meu. Já não era mais beliche, outros pés me chutando, outros corpos puxando os lençóis, outras cabeças roubando os travesseiros… brigas, gritos, raivas no puxa daqui, puxa dali. No inverno gelado daquelas paredes sem calefação, os corpos das manas esquentavam-se mutuamente! No verão, os corpos pegavam fogo, suadeira! O incômodo, a revolta da pobreza, da maternidade de todos os anos de